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Larissa, está na hora de acordar- fala uma voz
desconhecida
Abro os olhos vejo um japonês de 1,65 de altura, fortinho,
tinha mais ou menos uns 16 anos.
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Quem? – perguntei
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Ué sou eu Lika, Jorge seu amigo imaginário que
você criou. Vamos para escola?
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Escola? Eu me formei há uns dois anos. – tentei
falar
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Oh, panda cala boca e me segue! – falou ele num
tom de brincadeira
Levantei o segui.
Estamos num lugar parecido com Pouso Alegre?
Caminhamos por uma praça onde tinha uma igreja enorme,
depois paramos em frente a uma loja.
Entramos.
Vimos uma moça de 21 anos, morena com mexas loiras nos
atender.
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Boa tarde , no que posso te ajudar?
Olhei bem para Jorge e fiz uma cara de surpresa...
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Oh, não vai atender a Lola aqui? – falou uma senhora
de 60 anos com cabelo curto ,rosa , vestida como roqueira.
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Lola, já estou indo. – disse ela rindo.
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Nós estamos esperando alguém. – disse Jorge
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Quem? – perguntei sem entender
Então entre irmãos gêmeos: 1,65 de altura, cabelos pretos
arrepiados, olhos azuis.
- A diretora da escola está esperando você Larissa Kawagoe.
Já imaginava quem seria a professora.
Caminho até a escola.
Entro na sala direto duma mulher com um vestido vermelho , tira o óculos, e
pede para eu sentar.
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A quanto tempo querida! – disse ela sorrindo
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Não faz tanto tempo assim? Fernando está bem? Eu
não me lembro o nome das suas filhas..
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Minha Filha se chama Fernanda, meu filho André,
e a mais nova é a Carol.
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Vejo que você finalmente comprou o vestido. –
comento
Ela ri.
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Vamos conhecer a escola? – Ela me propõe .
E começamos. Estava na hora das crianças chegarem, vi duas
meninas se despedindo de um pai.
Eles acenam para mim.
Uma estudante que
estava indo embora me encara.
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Desculpe-me pelo sonho, Paris é um lugar bonito.
Mas tinha um proposito o sonho. – me explique para a moça
Andando mais para frente vejo um avó, e um pai deixando dois
meninos na escola. Eles juntos acenam para mim.
Devolvo com um grande
sorriso.
Vi por acaso uma menina no canto , vestida toda de preto,
sem ninguém, com ipod no ultimo volume escutando um rock.
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Você não terminou de escrever para mostramos a
Sandra transformada. – me culpou Jorge
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Estava sem tempo. – inventei a desculpa.
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Jorge não quer ir lá fazer o seu papel? –
perguntou a diretora
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É claro.
E ficou eu e a diretora caminhando em direção ao jardim de
infância.
Vejo de longe , não queria me aproximar.
Uma menina de cabelo
liso, vestido branco, com uma bonequinha. Ela se vira e olha para mim.
Aqueles olhos azuis me encarando, me fez dar um nó em minha garganta.
Aqueles olhos azuis me encarando, me fez dar um nó em minha garganta.
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Ela existe em algum lugar – Comentei.
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Sim –respondeu a diretora
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Por que de me mostrar todos vocês?
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Você sabe o por que Larissa.... estamos
guardados em seu computador , em seu
pen-drive. Tem muitos de nós que se quer foram mencionados aqui.
Olhei em volta lembrando de um certo casal de Curitiba, de
uma mulher ciumenta, de um motorista que ainda não havia sido criado.
Em meus olhos apenas
as crônicas de cada um. A história de cada um, as vezes que passei a aula
escrevendo novas crônicas.
Para meu temor todos eles apareceram.
Sandra de mãos dadas com um outro Jorge, mostrava quem ela
seria se eu tivesse continuado escrever sua história. Uma moça de 19 anos,
levita, líder de célula. O Casal de Curitiba apareceu, a mulher ciumenta, o
motorista de van, um príncipe da idade média, uma mulher com um filho entre
tantos outros.
Para acabar com o meu
coração a menina, vestida de branco, cabelo liso, olhos azuis, com uma boneca
na mão vem em minha direção.
E diz : “ Não te faças negligente
para com o dom que há em ti"
Finalmente eu abro os olhos , havia dormido.
Me pergunto então se isso foi certo de se escrever...
