Uma simples palavra que pode conter várias expectativas, sentimentos e desejos.
Para mim, como para todos imagino, se remete ao descanso. Simples e suave descanso.
Especificando esse descanso, descanso na casa da Tia Antônia no sítio onde toda família estaria.
O tio André com os gêmeos Leandro e Leonardo, Tia Luiza com a Julia recém nascida, primo chato do Lucas e por assim diante. Toda, mas toda família mesmo.
Enquanto meus pensamentos viajavam pela família e descanso , meu chefe aparece.
- Letícia, pode deixar que hoje eu fecho o consultório, se quiser já indo não tem problema - diz ele com toda simplicidade que só ele tinha.
- Obrigada doutor Fernando - agradeço e saiu do consultório em direção ao estacionamento feliz da vida.
Minha família já estava no sítio dês de ontem, meu pai tinha sido liberado mais cedo e resolveram ir primeiro. Não achei ruim viajar sozinha, pelo contrário , poderia ir na velocidade que quisesse. Minha mãe não ia reclamar.
Entrei no carro, coloquei um rock, dei ré e ali começava a minha viagem rumo ao merecido descanso das férias!!
Olhei no relógio 18hrs, até o sítio seria umas 2 hrs de viagem? ou 3 hrs? Eu não sabia exatamente. Normalmente eu dirigia até a primeira parada, depois meu pai assumia o volante e eu apagava. Até mesmo antes de meu pai viajar, ele perguntou se eu conseguia chegar ao sítio.
"Imagino que sim" sorri respondendo ele. Assim ele foi tranquilo. O lugar não é difícil chegar, mas a noite é um pouco complicado porque fica escuro. Mas sem problemas!
Tudo normal, até a primeira parada. Desço do carro, tranco a porta e vou no banheiro e escuto uma conversa estranha :
- Você viu o acidente que aconteceu?
- Acidente?
- Agora pouco passamos por um carro que bateu feio, está tudo parado lá na frente.
Saio do banheiro direto para o carro ,já pensando no que ia ver mais para frente.
Como previsto estava tudo parado, cheio de policia, bombeiros, ambulância e curiosos. Um caminhão havia se chocado com um carro. Mais uma vitima de acidente de trânsito.
Sigo meu caminho, depois de quase uma hora para atravessar o percurso que faria em 15 minutos.
E como conseqüência o sol já tinha se posto, tudo estava escuro.
Tentando melhorar a situação pego um talho que fica perto da fazenda do Chico, entrando na fazendo do Chico daria uma meia hora até chegar o sítio da minha tia.
Prossigo pelo caminho, e percebo que esta demorando para chegar no sítio da minha tia. Olho em volta, árvores enormes amedrontadoras , corujas piando , o som da noite se contagiando, e apenas a lua para iluminar aquela fria noite de junho.
Como um convite para me deixar ainda mais intrigada, o carro para do nada. Olho para o ponteiro, a gasolina tinha acabado. Irritada comigo mesmo por ter esquecido algo tão importante, pego o meu celular na bolsa ,na esperança das coisas começarem a melhorar. Celular sem sinal.
Novamente olho em volta.Tudo escuro, apenas o barulho da noite.
Um vento forte agora sobrava chegando a balançar o carro, seguido de um som que parecia ser um uivo. Uivo? Deveria estar imaginando coisas...
Encosto a cabeça no volante pensando no que fazer,quando escuto um barulho vindo atrás do carro. Levanto a cabeça imediatamente , olho para o retrovisor e não consigo enxergar nada. Quando olho para o vidro do meu lado, um vulto preto passa.
Dou um grito. Respiro fundo e olho de novo.
Um sujeito alto, vestido como mendigo, negro, forte, com capuz cobrindo sua cabeça começa a bater fortemente na janela do meu carro.
Assustada vou para o banco de trás.
O que um sujeito daquele jeito estaria fazendo no matagal aquela hora da noite?!
O que ele queria comigo.
Ele continuava a bater, mas eu não abriria a janela e muito menos a porta para ele.
Um silêncio surge, vou para o banco da frente e abro um pouco o vidro para certificar que ele foi embora. Subitamente uma mão entra por aquele espaço tão pequeno, tentando me pegar. Aos gritos pego minha bolsa e começo a bater nessa mão, que felizmente é tirada , e rapidamente eu fecho o vidro do carro e certifico que tudo está trancado.
O sujeito novamente começa a bater nos vidros do carro, e eu fico no banco de trás esperando esse terror passar.
Uma pausa, um silêncio, a esperança que ele me deixará em paz surgi. Mas essa falsa sensação é destruída quando algo começa a bater muito forte na porta do meu carro, ele havia pegado um troco e estava quebrando a porta do meu carro.
Entrei em pânico quando vi que ele conseguira quebrar e abrir a porta do meu carro. Aos berros , o sujeito começa a me puxar para fora do carro. Começo a chutá-lo , a gritar, pedir ajuda,chorar, mas nada adianta.
Segurando meu pé, me arrastando pelo chão, fico embaixo de uma árvore um pouco distante do meu carro. Olho bem para o rapaz alto e forte, seus olhos redondos com de mel me encarava.
Uma luz reflete no sujeito, que olho em direção á ela. Também observo o ponto de luz que surgia naquela noite sombria.
Aquele ponto de luz vai aumentando aos poucos, e depois um barulho começa vir junto. Algo estava chegando perto de nós, algo muito grande e rápido.
Sem ao menos eu perceber, um trem passa por cima daquilo que era o meu carro.
Meu carro estava em cima de um trilho de trem.
Olhei atentamente para o rapaz e sussurrei:
- Era para eu ter morrido....
Saio do banheiro direto para o carro ,já pensando no que ia ver mais para frente.
Como previsto estava tudo parado, cheio de policia, bombeiros, ambulância e curiosos. Um caminhão havia se chocado com um carro. Mais uma vitima de acidente de trânsito.
Sigo meu caminho, depois de quase uma hora para atravessar o percurso que faria em 15 minutos.
E como conseqüência o sol já tinha se posto, tudo estava escuro.
Tentando melhorar a situação pego um talho que fica perto da fazenda do Chico, entrando na fazendo do Chico daria uma meia hora até chegar o sítio da minha tia.
Prossigo pelo caminho, e percebo que esta demorando para chegar no sítio da minha tia. Olho em volta, árvores enormes amedrontadoras , corujas piando , o som da noite se contagiando, e apenas a lua para iluminar aquela fria noite de junho.
Como um convite para me deixar ainda mais intrigada, o carro para do nada. Olho para o ponteiro, a gasolina tinha acabado. Irritada comigo mesmo por ter esquecido algo tão importante, pego o meu celular na bolsa ,na esperança das coisas começarem a melhorar. Celular sem sinal.
Novamente olho em volta.Tudo escuro, apenas o barulho da noite.
Um vento forte agora sobrava chegando a balançar o carro, seguido de um som que parecia ser um uivo. Uivo? Deveria estar imaginando coisas...
Encosto a cabeça no volante pensando no que fazer,quando escuto um barulho vindo atrás do carro. Levanto a cabeça imediatamente , olho para o retrovisor e não consigo enxergar nada. Quando olho para o vidro do meu lado, um vulto preto passa.
Dou um grito. Respiro fundo e olho de novo.
Um sujeito alto, vestido como mendigo, negro, forte, com capuz cobrindo sua cabeça começa a bater fortemente na janela do meu carro.
Assustada vou para o banco de trás.
O que um sujeito daquele jeito estaria fazendo no matagal aquela hora da noite?!
O que ele queria comigo.
Ele continuava a bater, mas eu não abriria a janela e muito menos a porta para ele.
Um silêncio surge, vou para o banco da frente e abro um pouco o vidro para certificar que ele foi embora. Subitamente uma mão entra por aquele espaço tão pequeno, tentando me pegar. Aos gritos pego minha bolsa e começo a bater nessa mão, que felizmente é tirada , e rapidamente eu fecho o vidro do carro e certifico que tudo está trancado.
O sujeito novamente começa a bater nos vidros do carro, e eu fico no banco de trás esperando esse terror passar.
Uma pausa, um silêncio, a esperança que ele me deixará em paz surgi. Mas essa falsa sensação é destruída quando algo começa a bater muito forte na porta do meu carro, ele havia pegado um troco e estava quebrando a porta do meu carro.
Entrei em pânico quando vi que ele conseguira quebrar e abrir a porta do meu carro. Aos berros , o sujeito começa a me puxar para fora do carro. Começo a chutá-lo , a gritar, pedir ajuda,chorar, mas nada adianta.
Segurando meu pé, me arrastando pelo chão, fico embaixo de uma árvore um pouco distante do meu carro. Olho bem para o rapaz alto e forte, seus olhos redondos com de mel me encarava.
Uma luz reflete no sujeito, que olho em direção á ela. Também observo o ponto de luz que surgia naquela noite sombria.
Aquele ponto de luz vai aumentando aos poucos, e depois um barulho começa vir junto. Algo estava chegando perto de nós, algo muito grande e rápido.
Sem ao menos eu perceber, um trem passa por cima daquilo que era o meu carro.
Meu carro estava em cima de um trilho de trem.
Olhei atentamente para o rapaz e sussurrei:
- Era para eu ter morrido....
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